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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vida Palhaça (Protesto)

Escrito em: 22/11/2002, 22:26, sexta-feira.

Sinceramente, não consigo ver graça nessa vida palhaça.
As vezes a dor passa, às vezes acha de demorar.
E o que eu faço com esse tempo estéril
Entre a dor que não passa e a alegria que perdeu meu endereço.
Meu coração sem dono, o outro travesseiro vazio.
A resposta muda.
Nem um sinal, simples ou composto.
Nem se quer um rosto um abraço.
Vale o do amigo, mas entre os lábios falta um língua.
Entre as coxas outra penas.
No “Eu te amo”, cadê o “Eu também”?

Simplesmente não acredito que vim ao mundo só pra trabalhar.
Então, que Deus me mandasse castrar.
Tirasse-me o desejo de amar.
Fizesse-me madre e não meretriz
Sinto-me por um triz.

De acordo, passo o traço e assino em baixo.
Taí o meu protesto, de resto sei que não presto.
Mas não sou a única, cadê meu par?

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