Seguidores

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mãos...

"Mãos...as conheço bem...afinal, meu trabalho também depende delas...
mas outro alguém também as conhece como ninguém...
esse alguém leva Arte de partes lindas...
finda o momento em que tudo se perdia....

e eu?...ah, eu pedia para que chegasse essa hora...
hora do encanto.... hora do pranto....
sem pedir licença, transforma
forma a forma, busca outra forma....
a forma dá vida a tudo que forma...

A natureza??...agradece como nunca!!!...feliz, deixa seus rastros iluminados em suas mãos....
dos céus desce o azul...luz...
cristal com brilho sem igual...
igual a seu brilho, quando passa adiante aquilo que recebe!
Segue!!"

Para: Cacau
Por: Luca Bulgarini

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sem vergonha

Escrito em 30/06/03, 16:27, segunda-feira

Minhas baladas são diurnas
Minhas meias coloridas
Minhas saias meio curtas

Meus cabelos cacheados
Meus recados humorados
Meus desenhos animados

Tenho medo de rejeição
Sempre esqueço a primeira impressão
Gosto do amargo do chimarrão

Minha cachorra é vira-lata
Minha casa não foi pintada
Se sinto medo fico gelada

Olho o que não vejo
Vejo o que não sinto
Sinto e não dou conta.

Vida Palhaça (Protesto)

Escrito em: 22/11/2002, 22:26, sexta-feira.

Sinceramente, não consigo ver graça nessa vida palhaça.
As vezes a dor passa, às vezes acha de demorar.
E o que eu faço com esse tempo estéril
Entre a dor que não passa e a alegria que perdeu meu endereço.
Meu coração sem dono, o outro travesseiro vazio.
A resposta muda.
Nem um sinal, simples ou composto.
Nem se quer um rosto um abraço.
Vale o do amigo, mas entre os lábios falta um língua.
Entre as coxas outra penas.
No “Eu te amo”, cadê o “Eu também”?

Simplesmente não acredito que vim ao mundo só pra trabalhar.
Então, que Deus me mandasse castrar.
Tirasse-me o desejo de amar.
Fizesse-me madre e não meretriz
Sinto-me por um triz.

De acordo, passo o traço e assino em baixo.
Taí o meu protesto, de resto sei que não presto.
Mas não sou a única, cadê meu par?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tô bem!

Escrito em 7/03/2005, 17:31

Tô bem!
Tô bem de bicho,
Bem de casa,
Bem de amigos,
Tô bem de dívidas,
Tô bem criativa,
E bem decidida a não querer menos do que já tive,
E mais do que sofri.
Tô bem falante,
Bem dançante,
Sorrindo a toa,
Tô bem de boa,
Tô bem de projetos,
Reutilizo os restos
Tô bem magrinha,
Bem meiguinha,
Protejo os calos,
Tempero com alho.
Tô bem, obrigada!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Era Uma vez

Escrito em 2006

Cada um tem um sonho,
Cada sonho tem sua hora de ser encenada,
Cada cena conta uma História.
Qual é a sua?
Era uma vez um sonho adormecido no colo do destino.
Um dia um convite despertou, do sonho, o Sonho de fazer da vida real uma Cena.
A Cena era um quadro de amigos começando a pintar a historia de uma chama que aqueceria o coração de quem, revela sem pudor, o que a vida lhe deu de presente; sua própria historia.
Aprendizes descobrem que a emoção de contar é tão intensa quanto a de assistir.
Revelar é tão revelador quanto encenar.
Ensaiar em tão importante quanto ensinar.
A cena avança.
A Estréia os ingressos, mas o tempo reclama.
O quadro agora se transformou num fardo e a cena agora era de cansaço e despedida.
Mas a chama se multiplicou.
Hoje várias cenas aquecem muitos corações em diversos idiomas, construindo uma história para ser contada. Vamos ver?
(Inspirado no primeiro capítulo do Livro sobre Playback Theatre da Jô Salas.)

sexta-feira, 26 de março de 2010


Nem eu nem seu

Escrito em 06/07/01 as 22:28


Acendi uma vela pra Deus e outra pro Diabo.

E fiz pros dois o mesmo pedido:

Clareza pra compreender meus sentimentos,

Força pra enfrentar o desconhecido.

Eu que me traio na vaidade,

Na cobiça,

Na gula,

Na luxúria,

Na avareza,

No ódio...

Me traio com os pecados capitais.

Captar o que não é meu,

Com afinco desejo o poder que é seu

E quando cobiças o meu,

No mesmo pecado, como eu,

Também te trairás.

Assim um de cada lado

Saimos machucados

E nem por isso menos cobiçados.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tô Puta

Escrito em 07/08/2007 às 22:31

Tô Puta!
Tô puta comigo
Tô puta contigo
Tô louca com eles
Tô fora de mim
Tô fora de ti
Não tô pra ninguém


Tô cheia de marra
Tô louca, tô cega
Tô surda, tô muda
Tô pagando a conta
Segurando as pontas
Tô pronta pra luta
Então não abusa!!!

Amor Platônico

escrito em 30/08/2007 às 11:15hs

A cada olhar um romance.
A cada sorriso outra chance.
Amar em sonho,
Sonhar de novo,
Beijar seu rosto,
Roubar seu cheiro,
Absorver seu jeito
De apertar as mãos
Enquanto teus olhos
Percorrem meu rosto,
Contando meus cachos,
Lambendo meus traços.
O impulso do beijo
Me toma de assalto.
No ato disfarço.
Me jogo em teus braços?
Não! Não é o caso.
O tempo acerta esse passo.

Novembro

escrito em 20/11/2006 às 21:40


Novembro, o vento sobra na janela.
Da tela da pra ver a lua
Na rua animais se abrigam
A chuva leva os recicláveis
Recolhidos pelos desprezados
Opção ou fatalidade?

A utilidade é um conceito à ser revisto
Visto que reutilizar agora é moda
A sobra do amor
Sexo pós-consumo
Eu sumo no abraço, pura carência.

Tenho boa vontade, mas pouca paciência.
A raiva coroe os rins
No fim não era nada
Você nem me abraça
Eu não o vejo, você passa, tudo passa.

Passo eu do tempo, na praça
A Preta se diverte, eu divirjo
Corro o risco de olhar e não ver nada
Conto com os amigos
Retomo a comunicação em casa.

É preciso mais que abrigo
É preciso ser digno
Não pasta ser criativo
Tem que ser competitivo

Vender o poder, poder de vender.
Poder pagar as contas
Iluminar as sombras
Olhar-se de perto, ver de dentro
Sobreviver a mais um Novembro.

O vento sobra na janela
Da tela dá pra ver a lua...